Instagram testa mudanças e é acusado de manipulação por filho de Bolsonaro

Brasil

Carlos Bolsonaro

O Instagram passou a testar uma nova funcionalidade nesta quarta (17), que esconde o número de curtidas de cada foto na rede social. Somente o proprietário da conta poderá ver suas estatísticas. A iniciativa, segundo a empresa, é uma estratégia de combate ao bullying e à competitividade gerada pelas métricas na rede social. “Iniciamos esse teste porque queremos que os seguidores se concentrem mais nas fotos e vídeos que são compartilhados do que na quantidade de curtidas que recebem”, afirma o grupo em comunicado. A medida vem na esteira de uma discussão global sobre vício em redes sociais e smartphones, que tem pressionado desenvolvedores a apresentarem soluções ao problema. O Instagram já havia testado a função em maio deste ano, no Canadá. Pelo Twitter, o vereador no Rio Carlos Bolsonaro -considerado mentor das redes sociais do seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL)- criticou a medida e disse que a empresa tem o intuito de “barrar o crescimento dos que pensam de forma independente”. Bolsonaro ainda afirmou que o Instagram, ao usar o combate ao bullying como justificativa, segue a “cartilha ideológica progressista” e tenta manipular informação. A assessoria da rede reforçou as informações do comunicado e não quis comentar diretamente as declarações. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) também desaprovou a mudança. “Tudo para a gorda feminista peluda do cabelo roxo não ficar deprimida ao ver o desempenho da coleguinha na rede”, disse em sua conta no Twitter. Também nesta quarta (17) o Twitter anunciou a liberação de um recurso que permite ao usuário esconder respostas em uma postagem. A função está em fase de testes, somente no Canadá. A medida, segundo a empresa, visa melhorar a qualidade das discussões na rede. Apesar de não aparecerem no tuíte, um botão permite saber quais foram as respostas ocultadas pelo administrador da conta. Os usuários se dividiram nas reações ao anúncio. Alguns acreditam que isso pode facilitar para governos e empresas esconderem reações negativas, enquanto outros apoiam o argumento do Twitter para a medida.

Folha de S. Paulo

Deixe sua avaliação!

Mais Notícias de Brasil