Curso ensina arte da tecelagem a mulheres em Salvador

A tecelagem é uma das mais antigas técnicas de artesanato e, apesar da industrialização, a prática manual continua atraindo aprendizes. Um curso de tecelagem está sendo oferecido gratuitamente pela Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA), vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Com duração de quatro meses, carga horária de 192 horas e aulas três vezes por semana, de quarta a sexta-feira, no turno da tarde, a formação tem o objetivo de proporcionar qualificação e geração de renda.
Novas turmas serão abertas futuramente. “Este curso faz parte da retomada dos cursos promovidos pelo Estado através da CFA. O intuito é justamente gerar trabalho e renda para artesãs e artesãos com esta arte milenar, que é tão bem aceita nos salões nacionais e em outros espaços de comercialização”, explica a coordenadora de Fomento ao Artesanato, Luciana Embilina.
As aulas são ministradas pelo artesão Joselito Pinto, o Mestre Zelito, que tece há 43 anos. “As alunas aprendem a lidar com o tear, fazer enfiação, alguns pontos, produção, como armar o tear e preparar a combinação de cores do trabalho que elas vão fazer”, afirma o professor. Segundo ele, a duração do curso é suficiente para que as alunas já saiam tecendo.
A artesã Marilene Carvalho trabalha com bordados e viu na tecelagem mais uma oportunidade de ampliar sua atuação profissional, seja dando aulas ou produzindo peças. “A tecelagem vem como uma terapia e também para complementar e enriquecer o trabalho que eu já faço. É uma reciclagem para o meu trabalho de artesã”, avalia. Depois do curso, Marilene pretende empreender e levar a produção para as feiras.
A aposentada Carmen Monteiro também vê na tecelagem uma atividade de lazer e distração. Sem trabalhar há dois anos e afastada do artesanato há 10, ela retomou os trabalhos manuais a partir do curso. “Eu vim para me distrair um pouquinho, desestressar,  porque eu estou aposentada há dois anos. Fiz uma cirurgia, deixei de fazer artesanato e agora estou retomando. As aulas são boas, mas tem que ter paciência”.
Repórter: Lina Magalí 

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