Salvador: Neto se anima com possibilidade de a prefeitura se mudar para o Palácio Rio Branco

Salvador

por Rodrigo Daniel Silva / Matheus Caldas-BN

Neto se anima com possibilidade de a prefeitura se mudar para o Palácio Rio Branco

Foto: Reprodução / Salvador Turismo

A sugestão dada pelo secretário Cultura e Turismo, Claudio Tinoco, para uma possível transferência da sede prefeitura de Salvador para o Palácio Rio Branco (relembre aqui) animou o prefeito ACM Neto (DEM). Vale lembrar que, por uma decisão judicial, o atual prédio do Palácio Tomé de Souza deve ser desmontado (leia mais aqui).

“Se o governo cedesse, claro que sim [concordaria]”, resumiu Neto, em rápido contato com a reportagem do Bahia Notícias.

Embora haja a manifestação de Tinoco e Neto para que o tradicional prédio histórico abrigue a administração municipal a partir de 2020, outra estrutura é prevista para receber a prefeitura de Salvador. A Fundação Mário Leal Ferreira realiza atualmente um estudo de viabilidade para mudar a sede municipal para um prédio ao lado, onde atualmente funciona uma agência do banco Bradesco. Segundo a presidente da fundação, Tânia Scofield, os estudos seguem em andamento. “Nós estamos fazendo ainda os primeiros estudos para ver se é viável”, explicou.

Atualmente, o Palácio Rio Branco abriga a Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) e um memorial dos governadores. O prédio pertence ao governo do estado e, atualmente, tem futuro indefinido. Fora dos interesses do Poder Público, a iniciativa privada também já demonstrou interesse em adquirir a estrutura (relembre aqui).

A história do palácio se confunde com a própria biografia soteropolitana. Construído em 1549, mesmo ano da fundação de Salvador, ele foi edificado a mando de Tomé de Souza, primeiro governador-geral do Brasil, e foi arquitetado por Luiz Dias. O prédio servia como morada oficial dos governadores-gerais e vice-reis.

Palácio Rio Branco no século XIX | Foto: Reprodução / Salvador Turismo

 

Em 1763, com a transferência da capital do país transferida para o Rio de Janeiro, o Palácio Rio Branco transformou-se oficialmente em sede do governo da capitania da Bahia, e até 1880 também servia como residência do governador.

O nome oficial de Palácio Rio Branco veio somente em 1919, sob a gestão de José Joaquim Seabra. Antes, o prédio recebeu diversos nomes – Casa do Governo, Palácio dos Vice-Reis e Vilhena, Palácio do Governo da Bahia, etc.

A história do Palácio Rio Branco de abrigo à gestão pública teve fim em 1979, quando a sede do governo foi transferida para o Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Foto tirara em 1916 no momento da última reconstrução do prédio | Foto: Reprodução / Salvador Turismo

Contudo, mesmo sendo um prédio histórico, o palácio passou por diversas modificações durante os séculos. Inicialmente, foi construído numa estrutura em taipa, mas foi reedificado em alvenaria e sal no ano de 1551. Em 1663, foi reformado e reconstruído. Já em 1890, foi demolido e construído novamente, já durante a República. Em 1912, a capital foi bombardeada, segundo historiadores, a mando do então presidente Hermes da Fonseca. Foi aí que o prédio passou pela última grande reforma, na gestão J.J. Seabra, tendo sido reinaugurado em 1919, já com o nome atual.

A prefeitura, por sua vez, se encontra na Praça Tomé de Souza desde 1986, na gestão Mário Kertész.

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