Robinson Almeida prega união no Vitória, mas vê Ricardo David com pouca governabilidade

Esportes

por Gabriel Rios / Glauber Guerra

Robinson Almeida prega união no Vitória, mas vê Ricardo David com pouca governabilidade

Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias

Novo presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, o deputado estadual Robinson Almeida (PT) quer um clube unido. Diante disso, ele já conversou com algumas correntes políticas da agremiação, bem como alguns ex-presidentes com o objetivo de tentar diminuir a crise.

 

“Assumi a presidência sem um planejamento prévio. O presidente me comunicou no dia que renunciou. Consultei várias pessoas e resolvi assumir. O clube vive um momento difícil e, todos aqueles que amam o Vitória, precisam dar sua parcela de responsabilidade. Me reuni com as instâncias do clube e conversei com várias lideranças políticas para que todos possam colaborar. O desafio é esse. É uma convergência daqueles que colocam o Vitória acima de tudo. O clube está em uma situação de muita dificuldade e precisa de várias mãos para reerguê-lo. O rebaixamento para a Segunda Divisão, uma perda de receita expressiva e uma dificuldade para retornar à Série A”, disse em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Para Robinson Almeida, o presidente Ricardo David conta com pouco apoio político.  “A governabilidade do conselho diretor é muito pequena. Não tem canais de interlocução dentro do Conselho Deliberativo. É o reflexo do desempenho da gestão. A minha determinação é buscar uma saída para essa crise. O Vitória é maior que tudo isso. Esteve na Série C [em 2005] e cinco anos depois estava em uma final de Copa do Brasil. Temos momentos de grandes desempenhos combinados com momentos de dificuldades”, destacou.

 

Na última terça-feira (18), um grupo de conselheiros pediu a renúncia de Ricardo David. E Robinson Almeida comentou a situação e as alternativas que podem ser feitas, entre elas um afastamento definitivo.

 

“São várias alternativas. A primeira é o término do mandato. Quando as crises se instalam, o que seria natural vira excepcional. A primeira hipótese depende muito do desempenho em campo, o que não tem mostrado nenhum alento de que pode retornar à Série A. Uma outra opção é a antecipação do mandato, com um impeachment que tem que ter um amparo legal. Pode ser objeto de uma judicialização. A consequência para quem assumir depois desse período será muito desafiadora. Uma terceira hipótese é a saída compactuada. Que as partes envolvidas entrem em acordo por uma antecipação da eleição ou um arranjo que novos dirigentes assumam funções no clube. Estou discutindo com essas lideranças as alternativas possíveis para que a gente encontre uma solução”, pontuou.

 

Sem entrar em detalhes, Robinson ainda revelou que teve uma reunião com Ricardo David e o vice-presidente Francisco Salles. “Reuni com os dois na sexta-feira, para tratar de questões institucionais e a situação geral do clube. Estamos com esse momento difícil e estamos preocupados”, concluiu.

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