Segundo balanço, Petrobras tem prejuízo de R$ 48,5 bilhões no primeiro trimestre de 2020

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Segundo balanço, Petrobras tem prejuízo de R$ 48,5 bilhões no primeiro trimestre de 2020

Foto: Reprodução / Infomoney

A Petrobras informou nesta quinta-feira (14) que registrou prejuízo de R$ 48,523 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado foi influenciado pela revisão de preços dos ativos da estatal afetados pela crise do coronavírus. No mesmo período de 2019, a companhia teve lucro de R$ 4 bilhões.

 

A última vez que a estatal registrou prejuízo foi no terceiro trimestre de 2017. No ano passado, a companhia teve lucro líquido de R$ 40,1 bilhões em 2019, o maior da história.

 

No primeiro trimestre, as despesas operacionais subiram 243% em relação aos últimos três meses do ano passado, com o reconhecimento de R$ 65,3 bilhões em impairments, ou seja, com a reavaliação do valor dos ativos, segundo o G1.

 

Os ativos que tiveram seus valores corrigidos são campos de petróleo em águas rasas e profundas, cuja decisão de investimento tinha como base expectativas mais otimistas de preços no longo prazo. Com a crise provocada pelo coronavírus, a companhia a estatal mudou a projeção de preço de longo prazo para o barril do tipo Brent de US$ 65 para US$ 50.

 

“O prejuízo contábil em nada afeta a saúde e sustentabilidade da Petrobras. Trata-se de situação bastante distinta da vivenciada em 2014-2015 quando a companhia enfrentava duas crises, uma financeira e outra moral, e a baixa de ativos refletia a vulnerabilidade da companhia”, escreveu o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, no relatório de apresentação de resultados.

 

A receita líquida da estatal caiu 7,7% no primeiro trimestre, para R$ 75,469 bilhões, em relação ao quarto trimestre de 2019. Isso aconteceu devido à queda do preço do petróleo do tipo Brent e menor volume de venda de derivados no mercado interno, com destaque para diesel e gasolina. Estes produtos foram os mais afetados pelos impactos das medidas de isolamento social implementadas para conter o avanço do doença a partir do mês de março.

 

Diesel, a gasolina e o GLP também sofrem efeitos sazonais no período, já que o quarto trimestre apresenta maior atividade industrial e temperaturas menores. As receitas com gás natural caíram 13% devido à queda na demanda e no preço.

 

Por outro lado, houve um aumento significativo no volume exportado, principalmente de petróleo, com recordes registrados em janeiro e fevereiro, meses em que a queda do Brent ainda não era tão acentuada quando comparada a março, resultando em um aumento de 10,5% nas receitas com exportação.

 

A dívida bruta da estatal chegou a R$ 346,764 bilhões no primeiro trimestre de 2020, aumento de 13% em relação a igual período de 2019. Contra o último trimestre de 2019, a expansão foi de 36%.

 

Já o endividamento líquido da companhia somou R$ 380,186 bilhões, alta de 2% na comparação anual e crescimento de 19,6% em relação aos últimos três meses de 2019.

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