Rodrigo Maia, Centrão e PSDB chamam transferência de Lula de perseguição

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Maia, centrão e deputado do PSDB chamam transferência de Lula de perseguição e absurdo

Redação
Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

 

O presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), parlamentares de partidos do centrão e até do PSDB na Câmara criticaram a decisão da juíza federal Carolina Lebbos de autorizar a transferência do ex-presidente Lula (PT) de Curitiba para uma unidade prisional em São Paulo, seu estado de origem.

Nesta quarta-feira (7), a juíza negou um pedido da defesa de Lula para aguardar decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre eventual suspeição das decisões do ex-juiz Sergio Moro (hoje ministro da Justiça) e anulação do julgamento do ex-presidente. As informações são da Folha de S. Paulo.

No plenário, o deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) afirmou estranhar a decisão da juíza. “Apesar de nunca ter votado nele, acho que [Lula] é um ex-chefe de Estado e merecia um outro tratamento”, disse. Para ele, tocar no assunto mais de um ano depois parece “perseguição à toa.”

Maia concordou, segundo a Folha:”Tem toda razão, deputado”. O presidente da Câmara, então, colocou-se à disposição “para que o direito do ex-presidente seja garantido.”

Depois, a jornalistas, Maia disse que é preciso “tomar cuidado”. “Eu acho que já estava lá há bastante tempo para fazer uma mudança sem estar organizado. Se fosse mudar para São Paulo se organizasse um lugar em São Paulo que pudesse dar as mesmas garantias, condições”, disse.

José Nelto (GO), líder do Podemos, também qualificou a decisão da juíza de perseguição. “O que a Justiça fez hoje, eu quero aqui condenar publicamente. Não se justifica retirar o ex-presidente Lula de Curitiba e levar para Tremembé. Isso é humilhação, esta juíza deveria repensar os seus atos. Perseguição eu não aceito com ninguém, seja de direita ou de esquerda.”

Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), deputado ligado a Aécio Neves (PSDB-MG), qualificou a decisão judicial de “verdadeiro absurdo”. Segundo ele, é algo que “coloca em risco o respeito que o Brasil conquistou como país garantidor dos direitos.”

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