Parece algo arquitetado para desgastar o governo, diz Eduardo Bolsonaro sobre caso Moro

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Foto: Ernesto Rodrigues / Estadão

Eduardo Bolsonaro

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) evitou entrar no mérito da discussão se os diálogos vazados e atribuídos ao então juiz Sérgio Moro e ao procurador da República Deltan Dallagnol afetarão o governo ou o posto de Moro no Ministério da Justiça. Apesar de ter criticado a forma como os vazamentos ocorreram, o filho do presidente da República disse que não teve acesso aos fatos ainda e que preferia não comentar. Ele ressaltou, no entanto, que a invasão ao celular do ministro é condenável e o assunto deve ser tratado com cautela. “Parece algo arquitetado para desgastar o governo”, disse. Eduardo ressaltou que os fatos são anteriores à ida de Moro para o governo de Jair Bolsonaro. “Acho que tem que ser perguntado aos envolvidos.” Disse ainda acreditar que a criação de uma CPI sobre o assunto “não vai prosperar”. O deputado, que assumiu a presidência do PSL em São Paulo nesta segunda-feira, 10, disse que tem tido conversas preliminares com o apresentador José Luiz Datena, mas afirmou que não será ele a escolher o candidato à Prefeitura da capital paulista. Segundo Eduardo, ele não quer fechar as portas para nenhum possível nome. “Eu não quero matar alguma liderança, quero dar oportunidade para que lideranças venham a surgir. Existem diversos nomes que podem sair candidatos, não conversei com a Janaína (Paschoal), que foi a deputada (estadual) mais votada da história, a Joice (Hasselmann) – falam que ela tem um interesse grande -, o Datena tem que aprofundar as conversas”, disse. Ele ainda rebateu as críticas do deputado Alexandre Frota (PSL-SP). “Não sou eu que decido nada sobre mandato de nenhum parlamentar. Ele pode fazer a crítica que for, não considero nada disso como relevante não. Considero como relevante o mundo real, se ele quiser falar comigo estou à disposição”, afirmou. E minimizou a ausência de Janaína Paschoal e de Joice Hasselmann, líder do governo no Congresso, à posse em São Paulo. “Não vejo como algo desagregador, nós, deputados, temos uma vida corrida, temos outras agendas. Seria presunção minha contar com 100% da bancada paulista”, completou.

Estadão

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