Governo neoliberal e neofascista incomoda a direita ‘civilizada’, diz Dilma Rousseff

Brasil

Para petista, direita moderada e centrão quiseram se apropriar de Jair Bolsonaro, mas estão constrangidos com as “manifestações toscas” do presidente

Redação
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram

 

Em entrevista a Leonardo Sakamoto, do UOL, a ex-presidente Dilma Rousseff analisou a situação do atual governo Bolsonaro e do futuro do Partido dos Trabalhadores.

De acordo com a petista, o governo neoliberal e neofascista incomoda o “centrão” e uma “direita mais civilizada”, que acharam que poderiam “tutelar” Bolsonaro, mas esbarram nas “manifestações toscas” do presidente da República.

“Este é um governo neoliberal e neofascista. Essa visão incomoda o centrão, a direita mais civilizada, a centro-direita. Eles achavam que iriam tutelar o Bolsonaro, que iriam conseguir fazer com que se civilizasse um pouco. E não os constrangesse com as manifestações toscas, não civilizadas, grosseiras que ele faz sistematicamente”, argumentou Dilma.

A gaúcha, que deixou o Palácio do Planalto em 2016 após sofrer Impeachment, apesar da frustração entre alguns dos apoiadores de Bolsonaro, o seu governo deve conseguir implementar as “reformas neoliberais”. Para Dilma Roussef, o presidente deve conseguir manter a sua “política de desprezo por direitos sociais, humanos e trabalhistas”, além da destruição do “meio ambiente”.

Sobre 2022, a petista rechaça a possibilidade de concorrer novamente às eleições, e reforça que ela, o também ex-presidente Lula e outros da sua geração, já estão na fase de “passar o bastão”. Questionada sobre um possível nome forte dentro do partido, Dilma despistou e evitou cravar um sucessor.

A petista diz que entre as pautas de Bolsonaro está a “mais violenta privatização” no país e alerta para o risco de privatizarem as universidades federais e a Petrobras:

“Está na pauta a mais violenta privatização do país. E não só a Petrobras que eles estão entregando, eles querem privatizar as universidades federais. Eles vão vender. Vão tentar passar para OS [Organização Social] e depois de passar, vão tentar privatizar.”

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