Depois de 100 mil mortes, ministro interino da Saúde diz que governo apoia isolamento social

Brasil
Depois de 100 mil mortes, ministro interino da Saúde diz que governo apoia isolamento social

Foto: Maryanna Oliveira / Câmara dos Deputados

Após o Brasil superar a marca de 100 mil mortes em decorrência da Covid-19, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que o governo federal apoia o isolamento social. Essa declaração, feita durante a inauguração de uma nova unidade de processamento de testes de coronavírus na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, contraria o discurso e até as ações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que desde o início da pandemia no país se mostrou contrário às medidas de restrição adotadas por prefeitos e governadores.

 

“Medidas preventivas e afastamento social são medidas de gestão dos municípios e estados e nós apoiamos todas elas, porque quem sabe o que é necessário naquele momento precisa de apoio e nós apoiamos. Mas, fica a lembrança de que, independentemente da medida que se tome, tem que estar aliada à capacidade de triar e procurar se as pessoas estão ou não com sintomas, o tempo todo”, disse o ministro nesta segunda-feira (10), segundo informações do G1.

 

A publicação lembra que essa fala também contraria a postura do próprio Pazuello, uma vez que em maio ele foi alertado por um comitê técnico da pasta de que, sem isolamento efetivo, o país poderia levar até dois anos para controlar a pandemia. Ainda assim, o ministro orientou a reabertura das atividades econômicas no momento.

 

Ao longo da inauguração, o general também falou pela primeira vez sobre a marca de 100 mil óbitos e disse que “não é um número – 95 mil, 98 mil, 100 ou 101 – que vai fazer a diferença”. Ele defendeu que seja feito um trabalho preventivo.

Deixe sua avaliação!

Mais Notícias de Brasil