Para não fechar as portas, Ufba faz novo corte de despesas

Bahia

Foto: Manu Dias/Secom

Segundo o reitor João Carlos Salles, ao Governo Federal cabe desbloquear o orçamento em cumprimento à Lei Orçamentária

Por conta da ‘grave situação orçamentária’ decorrente do contingenciamento de recursos e do bloqueio de 30% de seu orçamento pelo Ministério da Educação, a Universidade Federal da Bahia (Ufba), faz novo anúncio de redução de despesas. De acordo com nota, assinada pelo reitor João Carlos Salles Pires da Silva, de forma a não fechar as portas, a instituição vê-se obrigada a tomar novas e mais incisivas medidas de redução de seu custo operacional.

“A fim de resistir de portas abertas, ainda que funcionando em condições aquém do essencial, neste e no próximo ano. Tão indesejáveis quanto, infelizmente, incontornáveis, essas medidas dão continuidade à política de adequação de despesas às restrições da disponibilidade orçamentária, em curso desde 2014, com a diferença de que agora, certamente se farão notar, de maneira mais aguda, no cotidiano da comunidade universitária”, destacou no documento.

As principais medidas, estabelecidas por portaria específica são: suspensão de aditivos contratuais de obras, aquisição de bens, serviços e locações que importem em aumento de valores nos contratos; suspensão de aquisição de materiais de consumo, exceto os destinados às atividades essenciais das unidades e suspensão de eventos a partir das 17 horas e em feriados e finais de semana, exceto os relacionados às atividades curriculares obrigatórias e outros que justifiquem o caráter excepcional.

Ainda no rol dos itens suspensos estão: a suspensão de concessões de passagens e diárias para participação em eventos, suspensão de ligações de telefone fixo para móvel e restrição de ligações interurbanas e internacionais; redução do uso de elevadores, ressalvado assegurar mobilidade de pessoas com deficiências; bem como desligamento de aparelhos de ar-condicionado, exceto em espaços sem ventilação natural e em laboratórios, museus e bibliotecas onde sejam justificadamente imprescindíveis.

Contudo, o reitor não deixou de reconhecer que o entendimento sobre a restrição de serviços e atividades de cada membro de sua comunidade demonstra o quanto a Ufba vem fazendo sua parte. “Mas ao Governo Federal cabe agora fazer a sua parte: desbloquear o orçamento do sistema federal de educação superior, em cumprimento à Lei Orçamentária, e garantir financiamento público e em patamares adequados às universidades federais, patrimônio do povo brasileiro”, conclamou ao final do texto.

Fernanda Chagas

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